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Revista APM - N2 • 2022 - Editorial

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A Academia Paraense de Música retoma a publicação de sua Revista com a edição deste número 2, que traz o dossiê temático: “Mulheres da Música no Pará: compositoras, intérpretes e educadoras – memória”.

O Conselho Editorial da Revista da Academia Paraense de Música optou por essa temática com o intuito de prestar uma homenagem às mulheres que atuaram e atuam na história da música e da educação musical no Pará, por meio de escritos sobre algumas daquelas que se tem em saudosa memória: Dóris Azevedo, Enid Barroso Mendes, Guilhermina Nasser, Helena Coelho Cardoso, Helena Nobre, Helena Souza, Luiza Camargo e Rachel Peluso – compositoras, intérpretes e educadoras que emergiram, foram formadas e posteriormente contribuíram preparando novas gerações de mulheres e homens músicos no Pará e em outras cidades do Brasil, avançando em alcance internacional.

Dois artigos abrem o dossiê: “A presença da mulher no Theatro da Paz e na vida musical de Belém até a primeira metade do século XX”, de Dione Colares de Souza e Leonardo José Araujo Coelho de Souza, e “As mulheres, o Instituto Carlos Gomes e o campo musical de Belém no final do século XIX (1878-1908)”, de João Augusto O’ de Almeida. Ambos os escritos ambientam o leitor no contexto temporal/espacial daquelas mulheres da música no Pará.

O primeiro trata da “participação feminina no ambiente musical paraense com foco na circulação da mulher intérprete, compositora e professora” com destaque ao espaço do Theatro da Paz, monumento da música no Pará de projeção nacional e internacional.

O segundo escrito traça “breve panorama da presença das mulheres no meio musical belenense, no período entre 1878 e 1908”, e tem como principal referência o centenário Instituto (Conservatório) Carlos Gomes, onde se formaram e se formam dezenas de gerações de músicos de evidência, e que têm o Theatro da Paz como casa de estreia musical.

O artigo “Dóris Azevedo – mãos que tocam”, dos autores Adriana Azulay, Humberto Azulay, Liliam Barros Cohen e Tainá Façanha, apresenta resultados de pesquisa sobre uma das mais destacadas professoras paraenses de piano, que atuou por mais de meio século de magistério, formando várias gerações de pianistas e educadores musicais.

“Enid Mendes Barroso Rebello: o ensino da beleza da arte musical”, de Maria Lenora Menezes de Brito, reflete sobre a didática e a pedagogia dessa importante professora de piano.

O artigo “Meu nome é Guilhermina Tereza: eu tive título de honra”, de autoria de Ana Maria de Castro Souza, traz ao leitor memórias daquela professora luso-brasileira e evidencia sua contribuição para a cultura musical em Belém do Pará como professora, correpetidora, pianista e gestora.

O artigo “Uma voz para sempre – tributo a Maria Helena Coelho Cardoso”, escrito por Gilberto Chaves, destaca “a mais bela voz nascida na Amazônia”. O autor conviveu desde a sua juventude com aquela cantora. Por isso, pôde escrever, fundamentado em vários de seus apontamentos, que ela própria lhe permitiu o acesso, e nas lembranças de convívio pessoal, registrando seu papel de relevo na história da música do Pará.

“Helena Nobre: o rouxinol paraense”, de Gilda Helena Gomes Maia, revela resultados de sua pesquisa desenvolvida há quase duas décadas sobre essa compositora e cantora lírica paraense da primeira metade do século XX. A profícua vida musical daquela soprano lírico-leggero vem sendo estudada pela autora por meio de levantamento de materiais que atestam o repertório interpretativo e composicional da cantora e de relatos orais de sobrinha-neta e correpetidora da cantora, a pianista Helena Maia.

Sobre “A pianista Helena Souza (1906-1990)”, Dione Colares de Souza e Leonardo José Araujo Coelho de Souza destacam também as atuações como professora, gestora, escritora, tradutora e humanista paraense. Para tanto, valem-se de materiais como fotos inéditas, bilhetes e escritos pessoais, registros de imprensa, programas de concerto e relatos orais, para situá-la histórica e socialmente, “pontuando sua prática profissional, fatos da vida pessoal e os protagonismos enquanto figura feminina”.

O artigo sobre “Luiza Camargo: uma vida dedicada à música” é de autoria de Lia Braga Vieira, Rosa Maria Mota da Silva, Maria José Pinto da Costa de Moraes e Maria Lúcia da Silva Uchôa, fruto de pesquisa em história oral realizada junto àquela pianista, compositora e professora paraense, pouco antes de sua morte. O objetivo do escrito é “oportunizar algum conhecimento e compreensão” da trajetória musical de Luiza Camargo.

Por fim, “Rachel Peluso: compositora paraense”, de Vicente José Malheiros da Fonseca, é um escrito musicológico sobre a também professora e pianista santarena Rachel Angélica Mattera Peluso, formadora de gerações de músicos que se tornaram pianistas, regentes, cantores entre outras atuações artísticas.

Os dez artigos que compõem o dossiê temático deste número 2 da Revista da Academia Paraense de Música demonstram a proeminência do papel da mulher na construção da história da música e da educação musical no Pará, mas também nos âmbitos nacional e internacional, em face de suas atuações musicais e de seus alunos.

Agradecemos aos autores que confiaram a este espaço alguns dos resultados de suas pesquisas sobre a música e a educação musical no Pará. Desejamos aos leitores que se inspirem nos testemunhos dos autores e das mulheres da música por eles investigadas, pois ainda há muita história musical a construir e a registrar no Pará.

Belém do Pará, pós-Círio de 2022.

Conselho Editorial.

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